A pandemia da COVID-19 mudou o cenário mundial. O vírus surgiu no final de 2019 em Wuhan, na China, foi se espalhando e mudando a realidade. Com seu alto quadro de transmissão as medidas preventivas tomadas foram ficando cada vez mais severas.
Medidas como o distanciamento entre as pessoas, uso constante de álcool gel, uso de máscara, quarentena e em alguns países o lockdown, que é uma medida ainda mais extrema, um confinamento, protocolo de isolamento que impede o movimento de pessoas e cargas, salvo profissões consideradas essenciais.
Infelizmente a pandemia continua, o alarme inicial começou no início de 2020 e com o tempo foram surgindo variantes do vírus, aliás é sobre elas que vamos falar, então continue a leitura e confira!
O que é Mutação, Variante, Linhagem e Cepa?
Para entender melhor como funciona o vírus e suas mudanças listamos abaixo o que significa cada termo.
Mutação: é uma mudança aleatória que acontece com frequência no material genético do vírus e não necessariamente o deixa mais forte ou mais transmissível.
Variante: é o vírus que sofreu mutação durante seu processo de replicação e quando essa mudança começa aparecer muitas vezes, especialistas fazem o sequenciamento do genoma e se a mudança se fixar então se configura como uma variante. O vírus original pode ter variantes diferentes.
Linhagem: é o conjunto de variantes que se originaram de um vírus ancestral, o primeiro vírus identificado.
Cepa: é a variante ou um grupo de variantes que se comporta diferente do vírus original. Quando um agrupamento viral desenvolve a capacidade de transmissão e de multiplicação, de produzir sintomas ou estimular resposta no organismo que difere do vírus original, ele constitui uma cepa. Uma linhagem pode ter várias cepas.
O coronavírus compõe uma família diversa e em humanos o primeiro isolado ocorreu na década de 60, mas apenas em 2002 com o surgimento do Sars entrou para a lista de potencial ameaça à saúde humana.
O Sars-CoV-2, da COVID-19, é uma cepa e à medida que se espalhou foi sofrendo mutações e assim foram surgindo novas variantes.
As Variantes da COVID-19
Em dezembro de 2020 começaram a ser citadas variantes do Coronavírus Sars-CoV-2 e a OMS (Organização Mundial de Saúde) passou a batizá-las com as letras do alfabeto grego, consideradas de pronúncia fácil.
E de acordo com a OMS as variantes do coronavírus estão classificadas em três categorias: Variantes de Preocupação, Variantes de Interesse e Sob Monitoramento.
É muito importante a identificação da variante, pois assim é possível tomar medidas de identificação do vírus, vigilância, prevenção e controle da infecção, facilitando assim o tratamento e a diminuição do número de casos.
Variantes de Preocupação
As Variantes de Preocupação são as mais transmissíveis e resistentes, apresentando maiores chances de desenvolverem infecções graves, isso devido a mutação da proteína S (spike), que está presente na superfície do vírus e faz a ligação com as células humanas. E essa categoria apresenta 5 variantes, são elas:
1 - Variante Alfa: inicialmente denominada B.1.1.7, identificada no Reino Unido em setembro de 2020, foi a primeira variante preocupante. De uma linhagem altamente transmissível, que já foi detectada em 100 países e que domina os Estados Unidos na atualidade.
Principais mutações na proteína Spike: N501Y, P681H, H69-V70 e Y144/145.
A mutação N501Y está associada à maior capacidade de infecção.
2 - Variante Beta: a B.1.35 (também as B.1.351.2/B.1.351.3), identificada na África do Sul em dezembro de 2020. Também é altamente transmissível, chegando a 50% a mais, no entanto foi a que menos se espalhou pelo mundo. É capaz de infectar pessoas que se recuperaram da COVID-19 e pessoas vacinadas e até diminuir a eficácia de algumas vacinas. Presente em 68 países e ativamente na África do Sul.
Principais mutações na proteína Spike: K417N, N501Y e E484K.
A mutação E484K, que está ligada ao escape imunológico e a mutação N501Y, pode ajudar outras variantes a se tornarem mais contagiosas.
3 - Variante Gama: a antiga P.1 (também as P.1.1/P.1.2), identificada no Brasil em dezembro de 2020 em turistas japoneses que voltaram do país. Altamente transmissível e com agressividade em investigação. Já está presente em 37 países, principalmente no Brasil, mas as vacinas são eficientes contra ela.
Principais mutações na proteína Spike: K417N, N501Y e E484K, assim como a Variante Beta.
4 - Variante Delta: a B.1.617.2 (também as AY.1/ AY.2), identificada na Índia em outubro de 2020, tornou-se uma Variante de Preocupação em maio de 2021, quando começou a se espalhar rapidamente, tornando-se dominante em vários países e sendo responsável pela maioria dos casos. É altamente transmissível quando comparada a catapora, isto é, uma pessoa infectada pode infectar até 8 ou 9 pessoas. Está presente em pelo menos 80 países, em domínio na Índia.
Principais mutações na proteína Spike: E484Q e L452R.
5 - Variante Ômicron: a B.1.1.529, identificada em novembro na África do Sul, mas que segundo a OMS foi identificada em múltiplos países, já é considerada a mais contagiosa e letal, sendo inclusive capaz de driblar o efeito das vacinas. Presente em 128 países, é altamente transmissível e tem se espalhado muito rapidamente em um ritmo acelerado, isso em poucas semanas.
Principais mutações na proteína Spike: K417N, Q493R, N501Y e Y505H. Ela também possui a mutação N501Y, já identificada nas Variantes Beta e Gama, sendo considerada capaz de multiplicar a proteína S, apontada também por diminuir o potencial de anticorpos neutralizantes e aumentar a expressão viral de RNA.
Variantes de Interesse
As Variantes de Interesse são as que foram identificadas, mas que ainda parecem não apresentar a facilidade de transmissão ou gravidade em comparação às Variantes de Preocupação. Continuam sendo monitoradas e avaliadas, podendo ser reclassificadas conforme apresentarem risco elevado ou não.
Atualmente a categoria apresenta 2 variantes, sendo elas:
1 - Variante Lambda: a C.37, identificada primeiramente no Peru em dezembro de 2020 e apontada como Variante de Interesse em junho de 2021. Presente em mais de 30 países, no entanto não apresenta muitos casos.
2 - Variante Mu: a B.1.621, identificada primeiramente na Colômbia em janeiro de 2021. Presente em 39 países, está deixando profissionais da saúde em estado de alerta com prevalência de 39% na Colômbia e 13% Equador, mas ainda sem apresentar risco para o restante do mundo.
Variantes Sob Monitoramento
As Variantes Sob Monitoramento são aquelas que possuem alterações genéticas, mas suas características e impacto epidemiológico ainda estão sendo estudados, porém podem apresentar riscos no futuro.
Atualmente a categoria apresenta 3 variantes, sendo elas:
1 - Variante C.1.2: identificada primeiramente na África do Sul.
2 - Variante B.1.640: identificada inicialmente na República do Congo em setembro de 2021. Vem sendo monitorada desde então, mas não apresentou grande ameaça, por isso ainda é cedo para evidenciá-la.
3 - Variante B.1.1.318: identificada no Reino Unido em fevereiro de 2021, desde então vem sendo monitorada. Foram identificados 16 casos pela variante, especialistas e a OMS estão preocupados, devido a mutação E484K, que pode driblar a ação das vacinas e provocar reinfecções em pessoas que já tiveram COVID-19.
Nova Variante!
A partir da Variante B.1.640 surgiu a nova cepa, a Ihu - B.1.640.2., identificada na França em novembro de 2021, mesma época em que a Ômicron, e divulgada em janeiro de 2022. O seu nome é uma homenagem à sigla do Instituto Hospitalar Universitário de Marselha, que foi responsável pela identificação e pouco se sabe sobre essa variante. O primeiro infectado por essa nova cepa foi vacinado e tinha acabado de voltar de Camarões. Foram identificados 12 casos nos Alpes do Sul. A Cepa apresenta 46 mutações genéticas, mas segundo a OMS e especialistas ainda não apresenta ameaça, portanto não é preocupante, diferente da Ômicron, e também vem sendo monitorada de perto.
Sintomas e infecção pelas variantes
Os sintomas de infecção pelas variantes são praticamente os mesmos da cepa original, sendo que alguns não se manifestam em algumas delas.
A COVID-19 apresenta os seguintes sintomas:
E os Sintomas das Variantes são bem parecidos, por isso é difícil diferenciar os sintomas entre as cepas.
Na Variante Alfa os sintomas mais comuns são a febre, tosse persistente, calafrios, dores musculares e perda do olfato ou do paladar.
Na Variante Beta os sintomas mais comuns incluem febre, tosse, dor de garganta, falta de ar, diarreia, vômito, dor no corpo, cansaço e fadiga.
Na Variante Gama os sintomas mais comuns são dor de cabeça, dor de garganta e coriza, sendo muito semelhante a um resfriado forte. Em alguns casos foram relatados os sintomas como: febre, tosse, dor de garganta, falta de ar, diarreia, vômito, dor no corpo, cansaço e fadiga.
Na Variante Delta por exemplo, os sintomas mais comuns são a dor de cabeça, também dor de garganta, coriza, espirros, tosse persistente e febre. Alguns sintomas que eram bastante citados no vírus original são menos comuns na Delta, como perda de olfato ou paladar. Inclusive muito tem se confundido com gripes e resfriados, podendo estar com COVID da Variante Delta.
Na Variante Ômicron foram relatados sintomas, como cansaço extremo, dores no corpo, dor de cabeça e dor de garganta.
As Variantes em alta no Brasil: Delta e Ômicron
Em 2021, o Brasil teve casos de todas as variantes, mas os casos de predominância começaram com a Variante Beta, depois foi a vez da Variante Gama dominar de fevereiro a agosto, a partir de setembro a Variante Delta e nas últimas semanas de dezembro casos da Variante Ômicron dispararam.
Atualmente a Variante Ômicron tem se espalhado mais rapidamente do que a Delta, causando infecções em pessoas já vacinadas ou nas que já tiveram COVID-19 e se recuperaram. A evolução da variante é preocupante e remete a segunda onda no Brasil que tanto se falou. Essa variante tem causado 90% das detecções em um curto período, do final de dezembro ao início de janeiro de 2022. Com isso, além de ser recomendada a prática das já conhecidas medidas de prevenção, também muitos eventos foram cancelados, como queima de fogos na virada do ano em alguns centros e o Carnaval na maioria das capitais.
A prevenção e os cuidados
Continuam as ações de prevenção, com uso de álcool gel, máscara, testes preventivos para evitar proliferação e claro, as vacinas.
A vacinação é extremamente importante, pois com ela os casos de internação e complicações tiveram grande redução.
Segundo dados do IBGE em 07 de janeiro de 2022, o Brasil está com 144.010.390 milhões da população vacinada com as duas dozes ou dose única, o equivalente a 67,51% da população adulta nacional. E 161.601.808 milhões com a 1ª dose, o equivalente a 75,76%. Com a 3ª dose, a adicional, o número já chega a 28.711.937 milhões, o equivalente a 13,46%.
Em Israel, o país iniciou a aplicação da 4ª dose para toda a população, no Brasil a proposta inicial é de vacinar idosos e pessoas com saúde debilitada com a 4ª dose, para uma maior proteção. Além disso, pretende se começar a vacinação nas crianças de 5 a 11 anos, depois de grande discussão, afinal essa medida já é adotada em países da Europa e Estados Unidos. A previsão para iniciar a vacinação em crianças no Brasil, segundo o ministro da saúde Marcelo Queiroga, é a partir da segunda quinzena de janeiro de 2022.
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